terça-feira, 18 de novembro de 2008

SONETO DE SEPARAÇÃO

Vinícius de Morais

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

As vezes, determinadas coisas podem ser mais fortes
do que nós...As vezes, até queremos, mas nao temos condições
de continuar, pois continuar, pode significar morrer pouco a pouco e dia apos dia...Tudo é uma questão de escolha...o certo é escolher VIVER!!!

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